30 de abr. de 2014

Um poema feito-mal-feito




Não era você, não era eu
Era só o medo, desespero e qualquer vínculo amoroso que pudesse acontecer
 Não era o nosso passado, nem o nosso presente

Era apenas o nosso futuro que nunca quis chegar
A culpa não foi minha, nem foi sua, foi do mundo, talvez
Ou talvez, sim, a culpa foi sempre minha
Mas como lidar com ela? 
Como enfrentar algo que realmente nunca quis enfrentar? 


São os livros que eu li?
São os amores que nunca coloquei o ponto final necessário
São as ruas que já passei procurando
São as ruas que já passei te procurando
Foram as cidades que já encontrei
Foram as cidades que me perdi.

São os passos errados que dei
São os corpos errados que já encontrei
São os corpos errados que me encontram
São os corpos errados que te encontrei
São os corpos errados que me perdi

O poema mal feito e mal acabo
Não merece graça, e nem aplauso
Merece um silêncio, ou um bocejo
Talvez, é digno de pena.
Talvez, seja o tal do ego
Talvez seja tudo
Talvez seja nada

 O novo não me encanta
O velho me satisfaz
A porta da frente é aquela
E eu não quero voltar.
Ou se quero, isso não importa mais
 
 


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