31 de dez. de 2010

Um feliz novo (velho) -


São exatamente onze horas e alguns minutinhos do dia trinta e um de dezembro de dois mil e dez. E essa data não precisa ser lembrada. Mas você tem exatamente doze horas mais ou menos, para que eu possa dizer no fim das contas que esse ano valeu à pena. Que valeu te esperar e que valeu escrever depois de tanto tempo. Valeu pelo menos, ter guardado algo bom, a não ser as eternas noites de insônia, e de risos nervosos. Porque me vejo como eu era. Sozinha, amargurada, em ruínas, quando você apareceu e tentou me salvou. Tentou, mas no fundo, conseguiu. Parabéns grande Mestre. Parabéns.
Fones de ouvido com música alta para tentar me livrar da podridão que está acontecendo. Fones, para tentar me abafar desse mundo que tem a minha volta. Estou tentando, juro. Fiz escova, hidratei meu cabelo, tirei a sobrancelha como símbolo do mandamento de uma menina vaidosa. Mas me arrumar? Para quem? Para que? Estou comemorando mais um ano de tortura de amor, e acho que sinceramente, eu não mereço isso. Eu não preciso disso. E olhe, acordei mais cedo do que o normal e não estou de mau humor, mas estou com sono. Sono desse mundo, sono desse sentimento, sono de mim. 
Ainda não entendo e não quero entender. Mas não entender, não faz com que eu não sinta. É ao contrário, eu não entendo e sinto. E sinto muito. Não posso aturar coisas que não agüento. Não posso fingir que sou uma menina bem resolvida com auto astral, mas que no fim das contas, acaba sozinha chorando, enrolada no seu edredom da fada sininho. Não quero fé nesse ano, não quero amor, não quero mais nada. Quero deitar, e acordar só em janeiro. Porque hoje, é o começo ou o fim? Mas para mim, parece que é a mesma coisa de sempre. E eu não agüento mais.



Um FELIZ 2011 pessoas lindas, muita paz, fé, luz, e saúde! Um brinde aos amores conquistados e os que se perderam, e que eu não fui capaz de conquistar. Um brinde pelos amores que vão chegar, ou não. Pela Fé conquistada e muitas vezes perdida. Um brinde aos amigos conquistados e outros abandonados. Um brinde pela vida que se renova.  Um brinde pela gente. Um brinde pelo sonho desejado, pelo choro anulado, pelo abraçado negado. Um brinde! FELIZ ANO NOVO!

30 de dez. de 2010

Coração entregue.



Uma xícara de café na mão esquerda. Uma pulseira de estrelas no braço direito para dar sorte. Sorriso superficial. Estou pronta para conseguir te deixar. Estou ensaiando frases há tanto tempo que agora, preciso escrever para me lembrar. São coisas a falar que eu não sei a sua reação. Não espero mais alguma reação sua. Não espero que você tenha alguma reação com isso tudo. Acho que não espero mais nada. Talvez, espero chegar à noite, deitar, e esperar que chegue o ano novo. Eu desejo o ano novo mais do que tudo nesse momento. Quero aprender coisas novas, quero até mesmo aprender a viver.
Tudo isso me faz falta. Você me faz falta, mas pude arrumar consolos por aí. Houve e há pessoas que conseguem ocupar seu lugar por alguns minutos, mas depois se vão, não ficam aqui comigo. Não suportam a minha carência ou o meu amor por você. Eles não conseguem entender o meu amor por você, na verdade, eu também não entendo o meu amor por você.
Vivo com a sensação de perda, de vazio, de loucura e não consigo tirar isso de mim. Minha vontade de te esperar é muito maior que a loucura, a perda, e o vazio. Não pode ser tudo em vão, eu não posso ser em vão, minha história não pode ser em vão. A xícara está com café ainda, mas ele esfriou. E eu me sinto assim, cheia de algo que acabou esfriando. Ou melhor, dizendo, cheia de amor que acabou apodrecendo. O sol está escurecendo, e a noite clareando. Dane-se, pensei. Eu espero que esse novo ano seja melhor.  Eu quero que eu e você fossemos guardados em um conto eterno. E talvez, você será meu e eu vou ser sua, assim, nada mais iria me abalar e seria para sempre. Mas eu não sei o que eu faço para chegar nesse lugar. Mal consigo sair do lugar onde estou. Mal sei continuar a seguir a minha vida, quem dirá seguir minha vida junto com você para um lugar que seria eterno. O mundo nosso ficou desigual e eu tento igualar, mas não tenho mais forças. Acho que estou cansando e isso não seria o ideal.
Olha, se você não quer ficar com o meu coração, me devolva. Alguém perdido por aí, talvez, um dia irá querer algo assim, e eu não posso fazer nada.  Já que meu coração foi entregue para você e nunca mais foi devolvido.
Ps: Mais um dia, sem você...E eu consegui sobreviver. 57 dias.

29 de dez. de 2010

A agenda.



Uma garrafinha de água, um livro de calorias, um computador na minha frente e duas agendas. A de dois mil e nove, e a de dois mil e dez. Resolvi ver o que havia nelas, admito, levei um susto. Quem um dia teve seu nome escrito à caneta azul, na primeira página do ano, de dois mil e nove, hoje, tem seu nome escrito a caneta vermelha, em uma data sem importância no ano de dois mil e dez em baixo do seu nome, havia um lembrete. É ele havia me ligado, sim, você me ligou e eu anotei. No dia ao lado, havia um texto sobre mudanças. Seria previsto? Não sei. São coisas do tempo, coisas minhas, coisas da vida. Ocupam o seu lugar em tudo, mas tento segurar, mas a vida consegue ser mais forte que eu. Eu tento segurar cada lembrança sua na minha memória, mas é totalmente em vão. Existem pessoas que sim, estão conseguindo desviar minha atenção. Consigo pensar muito pouco em você. Na verdade, mal consigo continuar a pensar você. Acabo me sentindo um lixo, um objeto, uma boneca sem graça.  E perceber que novas oportunidades não são tão mal assim. Não pode ser tão difícil assim, muitas pessoas conseguem, por que eu não posso conseguir? Eu sei, sou frágil, mas não tenho tanto medo assim da vida. Sou frágil, mas consigo lidar com os meus sonhos e até mesmo com o destino. Seu nome foi escrito não só com caneta azul ou vermelha, mas foi escrito também em canetas com glitters, para que pudesse brilhar feito as estrelas que eu via toda noite. Se quiser, escrevo seu nome em todas as folhas da agenda desse novo ano que está chegando. Assim, você volta. Assim, você chega, de preferência inteiro. Mas não quero mais suportar algo que não tenha forças para ir atrás. Não quero mais conseguir suportar isso. Tem jeito? Não. Simples, prático, direto.
Seja como for, as coisas mudam, e eu vou junto. Você não me impediu, e acho que está ficando tarde demais. E de novo, assino seu nome na minha agenda, mas agora, escrevo em caneta preta no dia vinte e nove de dezembro, na agenda de dois mil e dez. A grande desilusão do ano.

28 de dez. de 2010

Te vi.


Te vi em todos os lugares que eu queria ver. Percebi sua existência em pequenas linhas, ou até em pequenas distâncias. Mas olhei fixamente e percebi que não era você, talvez o corte de cabelo fosse igual ou o jeito de sorrir, não sei. Só sei que havia algo familiar nele que eu conhecia e sei os pequenos detalhes.  Pude te ver nos lugares onde eu passei, ou até mesmo, nos lugares que avistei. Pude te ver no sorriso inocente de uma criança. Pude te ver no arco-íris pela metade que havia no céu. Eu pude te ver. Mas isso não seria o suficiente. Ou seria? Não me importo, já que você não se importa.
E algo que eu te vejo inteiramente, e talvez, eternamente. Te vejo todos os dias dentro de mim.

Ps: 55 dias sem ele.

27 de dez. de 2010

Difícil.



Não posso continuar me escondendo do mundo. Não posso continuar assim. Mas não sei aonde arrumo força, não sei nem por onde começar. Jamais me esqueço quando disseram. Um homem me disse que queria alguém com a mesma personalidade, com o mesmo jeito, e com a mesma teoria de querer levar a vida. Não coloquei fé, dei risada e ele se foi. Não sei nem onde está, e não sei nem porque me lembrei disso agora. Por eu ser errada, sempre faço as coisas erradas. E acho que me cansei disso. Eu sinto medo e no fundo, quero proteção. Desisto de evoluir. Desisto de querer mudar a minha vida sendo que eu não quero que ela mude. Vou ser fiel com que eu sinto. Vou querer conquistar algo que jamais vou conquistado. Quero ir atrás dele. Quero ir atrás de mim. Eu apenas quero.
Venha pra perto de mim e me toque, me toque e fale baixo o meu nome. Não quero mudar sua vida, sendo que esse seria um dos meus grandes planos, desse ano. A nostalgia chega e me leva. Eu não quero ir embora com aquele menino que é bonitinho. Eu não quero sorrir para aquele que tem um jeito engraçadinho de agir. Eu não quero ir embora. Quero ficar aqui, bem aqui, esperando, tentando achar uma solução para tudo isso. Não posso te controlar, mas você, infelizmente pode me levar. É terrível, é vazio, é drama. Tudo isso dói mesmo. Dói e não tenho mais vontade de tentar algo novo, de tentar algo que me faça sorrir ou até mesmo sonhar.  Não quero usar ninguém para te esquecer. Não quero ser cruel. Mas também, não quero mais nada. Quero ficar deitada, abraçada nos meus travesseiros. Quero continuar te esperando. E se eu não conseguir te esperar, vou viver eternamente na dúvida que tudo poderia ter dado ou não certo. Perdoe-me por tentar abalar o seu mundo e por tentado te abalar. Porque infelizmente, é assim que as coisas funcionam comigo.
Tenho medo do meu futuro, e tenho medo de saber que eu consigo viver sem você. Tenho medo de tantas coisas, mas consigo ver elas de um jeito diferente, para que não me assustem mais ainda.
Nunca soube se você me amava ou sentiu pena. Nunca soube ao menos se você gostava de conversar comigo ou se era apenas um joguinho. Talvez, essa é a grande diferença. Eu me exponho e você se esconde. Você se cala, e eu falo demais. E eu quero atitudes e você? Quer o que? Palavras? Isso aqui são palavras. Então, toma. Fique com essas palavras. Já que você quer tanto isso.
Sou sensível, um pouco carente, talvez pouco mimada. Fantasiei a minha dor, continuou maquiando o meu luto, para ninguém perceber que por trás de saltos, festas, assuntos, existe alguém que sofre, sente, e duvida.  Mas eu não agüento mais isso. São pessoas passando pela minha vida e eu ficando, velha, chata, e inútil. Eu não quero mais isso. Mas não consigo. O que eu faço? É difícil lidar com algo que você não esperava. É difícil desacreditar na fé.

26 de dez. de 2010

A ausência que trouxe a dor.




Comprei uma calça Boyfriend. Vai que ela me trás um namorado. Desencanei. Tenho vontade de dormir e acordar só em janeiro. Porque são incríveis as minhas memórias, cada canto desse lugar me impressiona cada parte de mim há alguma história que eu já não gosto de contar, porque seria provocar uma ferida recém fechada. Não sei o que falar, não sei nem o que escrever. O tempo vai passando, e junto com ele, eu estou passando. Sou passageira, não sou eterna. Sou assim. Caos, gritos, risadas, consigo sobreviver. Amores impossíveis, estranhos, alguns platônicos, consigo sorrir. Seria algo impossível, mas que já não fazem tanta diferença aqui. Minha vida tem carga. Sou uma carga. E eu já sofri tanto que, não tenho mais medo do sofrimento. Não evito mais, não fujo mais da dor.
Quando tenho vontade, faço. Quando me proíbem, não explico, faço também. Quando é impossível, tento até sugar todas as minhas forças. Quando é fácil, jogo fora. Não me explico me escondo. Sou misteriosa, mas ao mesmo tempo consigo me expor de certa maneira que quase ninguém consegue. Paranóias, eu tenho. É tanto amor dentro de mim que eu não sei nem ao menos o que eu faço com ele. Não me mandaram as instruções como se deve usar esse sentimento. Eu amo simplesmente. Não sinto dó, sinto pena só de mim. Sou contraditória. Sou confusa. Um tanto quanto insegura e um tanto quanto carente. Mas e daí? Não sei lidar com tudo isso ao mesmo tempo, mas tento, e isso seria o principal. Jamais me perguntem por que eu me apaixonei por ele. Não sei e também não quero saber. Eu me apaixonei. Mas quando digo isso, esqueço que a vida é feita de escolhas. E no início, escolhi. Me apaixonei, mas no fundo, e quero logo saber qual será o aprendizado dessa vez.  Não quero um príncipe, não quero um salvador de meninas inseguras, quero um homem. Com defeitos e qualidades, não quero algo superficial. Não sei ser superficial. Eu sou intensa. Se eu amo, é muito. Se escolho esquecer, esqueço. Tenho marcas, tenho sintomas e não tenho a cura, mas o remédio para isso tudo não foi fabricado. Ele não conseguiu me amar, e com isso, me fez sofrer. Não quero ser rotulada. Não quero nem ao menos acreditar que ele não me merece, e não merece um texto qualquer, quem dirá um blog.  Talvez, te amei como jamais ninguém conseguirá te amar. Talvez, não amarei ninguém como te amei. Escrevo isso com certa dúvida. Escrevo isso querendo ao menos tentar entender alguma coisa nessa história. É um jogo, só que não sei definir se é de sorte ou de azar. Não sei o final, não sei nem ao menos quem conseguirá ganhar. É ausência, mas ao mesmo tempo é engraçado. É triste, mas ao mesmo tempo é romântica. É confuso, mas ao mesmo tempo é claro. Quando houver tempo, explicarei. Quando houver tristeza, ficarei. Quando houver amor, escaparei.
Me perguntam de você, eu não sei como começar a explicar, não sei nem ao menos como dizer isso. E não fico triste, mas há dá para perceber que há uma certa confusão em minhas palavras. Queria escrever algo para o Amor, algo do tipo: Não venha, fique até aí, não se aproxime mais. Dentro de mim tenho tanto disso, aqui, não cabe mais nada.  - Mas não adiantaria. Por mais que eu evite não me apaixonar, tudo acontece ao contrário. Sinto mais amor. Sinto cada vez mais esse sentimento que não se explica não se esquece fácil, só acontece. Mas eu entendo uma única parte disso. Se eu entender, não sinto. Então é melhor esquecer, e sentir. Porque no fim, haverá algo bom nisso tudo, depois de sofrimentos, haverá um dia claro, e assim, vou aprender a viver.
Mas a ausência, não trouxe a dor. Trouxe o Amor.


Porque é assim,
Aprendemos
Tentamos
Erramos.
Mas no fim, sabemos o resultado.
Estamos amando.
Mesmo sendo ele errado.
Mesmo fazendo com que você sofra.
Você o ama, 
E seja fiel com os seus sentimentos.
Isso é o essencial.
Ps: 53 dias sem ele já se foram.

25 de dez. de 2010

cinquenta & dois dias.




Esperamos ansiosamente uma mensagem de sobrevivência de alguém. Alguém que diga que está tudo bem, que está melhor e que já te superou. Uma mensagem que me alegre, me faça sorrir. Talvez uma mensagem que diga que me deseja algo bom para esse natal, algo que realmente faça acreditar que nada está perdido. Mas não é assim, não foi assim. Esperei mais do que tudo. Eu tentei como se eu não tivesse tentado antes. Mas infelizmente não foi assim. Oficialmente.  Meu natal será detalhado. Assistirei Roberto Carlos, chorarei quando ele cantar Detalhes. Beberei, vou olhar meu celular - não há sinal algum de vida - acabou aí. E o dessa vez, nada de vermelho. No começo desse ano, virei o ano com tudo vermelho, e olha como eu fiquei esgotada de amor.


Oficialmente. Feliz Natal.

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